A sexualidade da pessoa com deficiência ainda é considerada um tabu pela sociedade, muitas pessoas têm um forte preconceito com relação ao assunto. A situação fica ainda mais complexa quando se trata da sexualidade da pessoa com deficiência intelectual.
Existe uma falta de preparo tanto das famílias quanto dos professores e profissionais da área da saúde para abordar o tema, pois muitos acreditam que as pessoas com deficiência são sexualmente infantis, assexuadas, não exercem sua sexualidade, são sexualmente agressivas, exibicionistas ou “sem controle”.
Diante disso, muitas vezes o assunto não é abordado ou é abordado de forma inadequada, com o intuito de reprimir a sexualidade da pessoa. De acordo com Alexandra Melo, psicóloga do Centro de Tecnologia e Inovação, esse tipo de atitude apenas colabora para o aumento do número de pessoas com deficiência com gravidez indesejada, abusadas sexualmente ou com Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Segundo as Políticas Nacionais de Saúde da Pessoa com Deficiência e de Direitos Sexuais e Reprodutivos (BRASIL, 2009), as pessoas com deficiência têm o direito à livre expressão de sua sexualidade, ao sexo seguro para prevenção de gravidez indesejada e de DST, e a informações e métodos para terem ou não filhos.
Para Alexandra, investir na educação sexual da pessoa com deficiência é a melhor alternativa para as famílias, pois o desenvolvimento da sexualidade nas diferentes fases da vida vai acontecer para todas as pessoas, com deficiência ou não.
No Centro de Tecnologia e Inovação, os usuários atendidos no curso de Marketing Pessoal e Social participam de encontros voltados à Educação Sexual e Relacionamentos Afetivos, onde recebem informações e participam de dinâmicas. As famílias também são orientadas e sensibilizadas em relação ao assunto.